sábado, 18 de outubro de 2008

ANA MARQUES JAMAIS ME ESQUECERIA DE TI




Olá amigos, como sabem eu não tenho andado bem. Sinto-me de há uns tempos a esta parte, sempre esquecida e com tantos problemas, para resolver. O prazo e o tempo estão a esgotar-se.


Neste meu blog, eu escrevi a minha vidinha toda, falei de amigos, dediquei um post á minha amiga Paulita, mas por lapso de memória, acabei por não falar de uma pessoa que não era de todo minha intenção, magoá-la. Só me apercebi deste lapso, quando recebi uma mensagem de telemóvel, de uma grande e querida amiga. Sem querer, e ao ler a sua mensagem é que tomei consciência de como involuntáriamente, a magoei e por isso, senti-me magoada eu também, pelas suas palavras, de tristeza. Não foi a minha intenção, amiga, mas sei que estás mal e agora estou eu, também muito triste por esta lamentável falha. Como tua amiga só te posso dizer uma coisa, pela tua amizade, pela minha amizade, pela nossa amizade, DESCULPA.

Concluí que mesmo que estejas mal, eu estou sempre aqui, mesmo que não te diga nada, podes sempre pensar que apesar de distante eu GOSTO MUITO DE TI. Desde do principio que me deste a mão. Lutaste contra tudo e contra todos, para me tentares ajudar, com os todos os meus problemas e agradeço-te do fundo do meu coração por isso. Continuo a contar sempre contigo, acredita. Mas por vezes na luta por esta vida, sinto-me perdida e acabo por cometer erros, como este que cometi contigo agora, mas é tão difícil amiga, caír e levantar tantas vezes. Tu sabes do que falo e sei que melhor que ninguém me entendes.

ANA se te magoei em alguma situação peço DESCULPA, aqui e agora.


O meu amor de amiga compreensiva e fiel continua, sempre até que a morte nos separe e assumo isto perante, todos os meus amigos que trago no meu peito.






ADORO-TE ANA MARQUES

Para ti minha miga Ana Marques! A alegria que trazemos no coração, espalha-se como trigo e alimenta a alma daqueles que precisam de um pouco da verdade crua, sem máscaras, sem enfeites, simples como se é. Descobrir no dia-a-dia a beleza, de se ser A.M.I.G.A. com letra maiúscula, na simplicidade de gestos, de palavras sem refinamento, mas que deixam transparecer o que verdadeiramente se é...Guerreiras, crianças, mulheres, sérias, loucas, ingénuas e perspicazes.


Somos, resumidamente, FELIZES e ÚNICAS.


E nós brindamos à vida, dia após dia.


Assim somos nós...


Deixo-te aqui alguns poemas, assim como a todos os amigos da net, que me deram apoio nestes últimos dias.


Beijinho amiga.


Beijinho para todos.


Amizade Amigos verdadeiros, são para sempre porque...


não importa a distância, no coração estarão sempre perto.


Não importam as diferenças, no coração sempre terão um ponto de acordo.


Não importam as brigas, no coração sempre haverá lugar para o perdão.


Não importam circunstâncias, sempre haverá um ombro para recostar, mãos para ajudar, olhos para enxergar e chorar de alegria e dor, bocas para expressar as verdades e sorrir.


Amigos, verdadeiros são para sempre, porque quando dois corações se unem, formando um só,DEUS se manifesta ali, através do amor e o amor é mais forte que a morte, é benigno, paciente, tudo sofre, crê, supera.


Não se ufana, nem se ensoberbece, apenas ...


Ama.certamente, permanece.


Pode ser que um dia deixemos de nos falar...


Mas, enquanto houver amizade,


Faremos as pazes de novo.


Pode ser que um dia o tempo passe...


Mas, se a amizade permanecer,


Um de outro nos havemos de lembrar.


Pode ser que um dia nos afastemos...


Mas, se formos amigos de verdade,


A amizade nos reaproximará.


Pode ser que um dia não mais existamos...


Mas, se ainda sobrar amizade,


Nasceremos de novo, um para o outro.


Pode ser que um dia tudo acabe...


Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,


Cada vez de forma diferente.


Sendo único e inesquecível cada momento


Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.


Há duas formas para viver a sua vida:


Uma é acreditar que não existe milagre.


A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.


A amizade é assim:


É sentir o carinho,


É ouvir o chamado.


É saber o momento de ficar calado.


Amizade é somar alegrias, dividir tristeza.


É respeitar o espaço, silenciar o segredo.


È a certeza da mão estentida.


A cumplicidade que não se explica,


Apenas vive!


AMIZADE: Surge bem de mansinho, quando duas pessoas se conhecem. Se for fraca ninguém se lembra. Se for duradoura, ninguém esquece pois o verdadeiro amigo, ajuda-nos a viver, apaga o nosso medo, dá-nos força e confiança e com cuidado, guarda segredos na tristeza, consola-nos, nas horas de frio dá-nos calor, acompanha-nos na boa e na má hora. Na vida dá-nos amor, com carinho sempre, nos vai amparando, com alguma coisa boa nos faz surpreender, livra-nos sempre de enrrascadas. AMIZADE, se está connosco na alegria e na tristeza, por isso nunca devemos magoá-la se fizermos isso devemos sim, pedir perdão pois uma linda amizade não se deita fora guarda-se no fundo do coração.


OBRIGADA AMIGA, OBRIGADA ANA.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

PARA A MINHA AMIGA PAULITA FERREIRA


Nós temos vindo, dia pós dia a compartilhar as nossas vidas, os nossos sonhos, os nossos medos, os nossos erros. Continua-me a assustar, como tu, que um dia eras uma estranha, tenhas-te transformado, em um dos meus mais queridos e estimados amigos. Tu para mim és importante, tão importante, como a minha família ou vizinhos que me querem muito. Tu fazes-me sorrir, quando compartilhas brincadeiras. Fazes-me rir, quando contas histórias que se passaram contigo. Fazes-me sentir sózinha quando te vais embora. Tu estás sempre no meu pensamento em cada dia.

Para ti...minha melhor amiga da web!!!

Adoro-te!!!

Fica aqui, onde eu te possa ver, falar, compartilhar contigo, as brincadeiras, o teu sorriso, os teus sentimentos... sei que não aceitas nenhum obrigado. Aos amigos, não se diz: "obrigado", mas só te quero dizer que me sinto levantar cada dia que passa ......


És o raio de sol quando tudo é tempestade. Estás sempre aí, quando eu te chamo e, mostraste feliz por poder ajudar. E toda vez que eu precisar", não há problema", dir-me-ás tu. Por isso, eu quero que tu procures por mim quando precisares. E espero que eu seja o que tu tens, sido para mim, porque esse é o sentido da palavra "amizade". Confiança, carinho e compreensão sem fim. Agradeço-te pela tua amizade tão especial, e por me fazeres sentir, que sou alguém, com quem tu te vais importar até ao fim da vida....


-Somos o sexo belo.

-Não precisamos usar gravatas.

-Sentar de pernas cruzadas não dói.

-Se resolvermos exercer profissões predominantes masculinas, somos pioneiras, eles bichas.

-Nossa inteligência é compatível com a de qualquer homem, mas nossa aparência é melhor.

-Se matarmos alguém, e provarmos que, é atenuante.

-Nosso cérebro dá conta do mesmo serviço, mesmo com 6 bilhões de neurónios a menos.

-Somos capazes de prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo.

-Sempre sabemos onde estão as meias.

-Se casarmos com o herdeiro do trono, seremos rainhas.

-Somos nós que somos carregadas na noite de núpcias.

-Somos nós que decidimos quanto à reprodução.

-Sentimos o bebé mexendo.

-Amamentamos.

-Temos 5 meses de licença maternidade.

-Sempre estamos presentes no nascimento dos filhos.

-Somos a estrela no casamento.

-Alguém já ouviu falar em "muso" inspirador?

-Vivemos mais.

-Somos mais resistentes à dor e às infecções.

-Podemos dormir com uma amiga sem ser chamada de lésbica.

-Namorado de amiga nossa para nós, é homem.

-Não investigamos barulhos suspeitos à noite.

-Somos mais sensíveis.

-Temos um dia internacional.

-E por último, fazemos tudo que um homem faz, e de salto alto!!! MARAVILHA!!!


Não ver no outro defeito
Aceita-lo tal qual como é
Num sentir mais perfeito
E Incondicional até!

É assim que devo sentir
Para todos os que me amam
Quem não me amar pode ir
Que outros seu amor reclamam

Sou mais eu sendo assim
Não prendendo a mim ninguém
Quem me quer tem-me a mim

Quem não me quer não me tem
Foi para o dizer que aqui vim
Aos Amigos mais de Cem!




E então conclui. Sou tua amiga. Mas só se agir deste modo para contigo...Se pensar muito em ti...
Se estiver do teu lado sempre...Em todo o tempo. Se estiveres bem, ou ainda mal também.
Se estiveres doente, ou quase sem vida!
Ou ainda se tiveres feito algo de mal...E eu ainda contigo continuar, sempre a te amar...Até ao teu fim temporal!
Serei tua amiga ...Sei chorar ao saber, que estás aflita!!! Mesmo que por ti, pouco possa fazer...
Se estiveres na cadeia, mesmo culpada, eu vou ficar ao teu lado...Enquanto o mundo te odeia.
E ainda assim, para que tu vivas...Eu por ti minha vida daria. Meu ser entregar...Por amor, para que eternamente vida tenhas!


Tu és unica para mim, se te desiludi então deixo-te estas palavras, vindas do meu coração Paulita. Dá-me uma chance, de te ter ao meu lado, para o resto da vida como amiga, irmã. Sei que és, e foste estes meses, todos uma boa mãe para mim, uma boa amiga. Tu para mim és tudo......um grande beijinho e abraço desta tua amiga que não te esquece e se tornar a passar algo na minha cabeça, penso sempre que existe uma pessoa tão maravilhosa, que luta todos os dias pelo meu bem estar, que és TU ......


SOFIA BERNARDINO

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

SOLTAR UM PENSAMENTO QUE ESTÁ LONGE DE SER REAL


O que é a felicidade?
Esta tem a ver com um permanente estado de insatisfação das pessoas. Rir é uma boa solução, para encontrar a felicidade, pois o sentido de humor é saber como dar a volta aquilo que parece estar, a magoar-nos o coração e a alma, é saber como pincelar de rosa vivo, um quadro cinzento escuro, transformar uma lágrima, num sorriso etc. . . O importante é acreditarmos sempre em nós próprios e nos levantarmos sempre depois de termos caído, pois como costumo dizer o que é visível no coração de uns é invisível aos olhos de outros. Cada pessoa pode ser feliz, é só acreditar nisso sempre com pensamento positivo, pois este atraí a boa sorte.
Um sorriso não custa nada e rende muito. Enriquece quem o recebe e não empobrece quem o dá. Dura sómente um instante, mas sua recordação é eterna. Ninguém é tão rico que o possa dispensar. Ninguém é tão pobre que não o possa dar. Cria felicidade no lar. É sustento no trabalho. Sinal visível de uma amizade profunda. Um sorriso representa repouso no cansaço, coragem no desânimo, consolo na tristeza e alívio na angústia. É um bem que não se pode comprar, nem emprestar, nem roubar porque só tem valor no instante em que se dá. Mas se encontrar alguém que recuse em dar um sorriso, seja generoso em dar o seu, pois ninguém tanto necessita dele quanto aquele que não sabe dá-lo aos demais!
Sejam Felizes.....Queria ser um anjo para realizar o desejo mais forte de cada um, mas como não sou o que posso oferecer-vos, é a minha amizade quando quiserem rir, quando quiserem chorar, contem comigo, não tenham medo da vida ela é divina, é maravilhosa deixem as coisas acontecer calmamente, corram atrás, não deixem as coisas escaparem de vossos dedos, por maior que tenham qualquer medo, ganha-se e perde-se mas se não se arrisca, nunca se ganhará. Sejam felizes !!!
Saber ser feliz, é preciso não pensar na idade, mas vivê-la.
Saber ser feliz, é preciso antes de tudo encontrar a paciência, suprir a necessidade da mente em busca do dia-a-dia, na consciência de entender, que um dia podemos lutar para vencer mesmo que antes já tivessemos sido derrotados, mas sem nunca perder a esperança. Porque o comodismo é a injustiça da liberdade, que provoca o transtorno do pecado. E o desamor, a condição de caminhar pela paz. E a vida é todo espaço de tempo, que temos para pensar no momento, em que estamos conscientes do que fazemos em benefício do amanhã......Sei que fui boa MÃE. Contúdo quem pensar que não foi bem assim, e que errei ou fiz algo de mal, que me diga, para saber aonde errei. Beijinhos. Sofia Bernardino.




A MINHA VIDA ACTUALMENTE


Actualmente, perguntam-me vocês amigos, como é a minha vida? Como eu gostava de vos puder escrever aqui neste meu post, que é boa, calma e feliz. Mas não, infelizmente as coisas não acontecem assim comigo. A minha vida, parece uma bola, que roda, roda e acaba sempre no mesmo sitío. A única coisa que me dá muita felicidade, é poder dizer, que tenho os meus filhos todos comigo e que aconteça o que acontecer, ninguém mos irá tirar novamente. Darei a minha vida por eles, se for caso disso. Ao fim destes anos todos, percebo que tive uma vida perdida, não tenho sentido e vida exterior, apesar de estar na terra. Ao longo destes anos, senti-me usada, criticada, muitas vezes humilhada, apontada pelos meus próprios erros. Senti o peso de não ser amada e será que amei alguém, algum dia? Eu mesma já não sei. Continuo, com o meu companheiro, o pai das minhas filhas. Já me deu miutas desilusões, ainda há pouco tempo, se envolveu, com uma mulher, mais velha do que ele 15 anos. Uma vez mais, eu soube e tentei matar-me. São as tais coisas, que passam na minha cabeça de repente, quando vejo que não estou bem comigo mesma e sinto que as forças e a coragem me viram as costas. E eu tenho medo, tenho muito medo mesmo. Sei que ele errou muito, mas desta última vez, mas uma boa conversa (que não costumava acontecer, aconteceu) e as coisas voltaram ao normal. Muito na nossa relação valeu a pena. Foi ele que fez de tudo, para eu estar agora divorciada, foi ele que lutou para que tivesse o meu filho de vez, só sei que estes últimos tempos, apesar de tudo o que ele me fez, ele foi, e continuará a ser o meu heroi. Neste momento, a minha vida, não esta fácil, não consigo arranjar trabalho, e as dívidas estão a aumentar. A maior parte das vezes, o nosso jantar, aqui em casa são torradas, com café (imaginem o meu sofrimento, de estar a ver 3 crianças, alimentarem-se só de torradas e café). É muito doloroso e sinto-me muito mal por isso. O meu companheiro encontra-se desempregado, agora imaginem como eu estou a sentir-me por dentro. Tenho um prazo até ao final do mês, para pagar tudo e não vejo, a tal luz ao fundo do túnel. Precisava neste momento, entre 5000 a 7000 euros, para poder viver em paz, sem dívidas, mas não tenho ninguém a quem recorrer. Até a minha familia, me "dá com os pés", corro o risco de ficar sem os meus filhos e isso não tolero que ninguém mo torne a fazer. Estou sujeita a ficar sem tecto, para dormir, estou sujeita a ficar sem nada. MAS NUNCA SEM OS MEUS FILHOS. Não consigo pensar, não consigo dormir, esta a ser muito difícil sim e não sei o que fazer.
Já pedi ajuda a várias pessoas, alimentação, roupa, alguma ajuda em dinheiro e até agora nada. Eu sei que a vida está muito dificil e não é nada fácil, mas ainda tenho esperanças que alguma pessoa, me possa emprestar algo, sempre fui pessoa de não ficar a dever, nada a ninguém. Pago sempre e agora, tenho este problema, no dia a dia, os meus filhos são vigiados diáriamente pelo tribunal, para verem se andam, mal vestidos se tomam banho, mas isso não acontece, eles andam limpos e com as roupas embora pobres mas sempre limpas, porque para eles estarem bem, eu passo mal e não me importo com isso.
A nivel de saúde, não estou bem, porquê, estar a dizer, que estou bem e afinal de contas ser mentira? Não me vou prejudicar mais, mentindo acerca minha saúde. Estou com uma depressão nervosa, há mais de 10 anos. Bem ou mal continuo viva, tenho um tumor nos avários e um na cabeça, por isso não é fácil estar por vezes, a tentar lutar pela vida, mas tenho 3 filhos que precisam de mim e é nisso, que tenho que pensar. É nisso que vou pensar doa a quem doer.
Actualmente, só agora é que os meus sogros se dão bem comigo, mas não foi fácil conseguir a confiança deles, lutei e passei por cima de muita gente e engoli muita coisa.
Não sei mais, aonde buscar forças, para a minha vida o meu filho mais velho, ainda faz xixi todos os dias na cama e ele tem apenas 12 anos.
Há pouco tempo prometi a minha amiga PAULITA FERREIRA, que não ia fazer mais asneiras na minha vida, mas não consegui. Passou-me uma coisa pela cabeça e ao ver-me nesta situação de desespero, tentei cortar os meus pulsos. Sei e senti que a desiludi, pois bixar os braços não é solução, mas foi mais forte do que eu. Não aguento mais:.......................... PRECISO DE AJUDA.
Esta é a minha história de vida, um relato verdadeiro e real que decidi transcrever para aqui, com muita dor e tristeza á mistura, mas prometo meus amigos, que vou sempre contar com o vosso apoio e gratidão. Tudo o que se passar a partir deste momento, vou escrever aqui, porque quero e preciso de partilhar a minha vida, com alguém. Tudo isto estava dentro de mim e a partir do momento que decidi deitar tudo cá para fora, tenho recebido da vossa parte um apoio e uma confiança que me deram muita força, para sentir que a vida é para ser vivida.
Cada coisa que faça, eu venho aqui e escrevo, adorava publicar isto e poder editar um livro, mas não sei aonde, me dirigir, nem como o fazer. Tenho pena pois deveria ter sucesso, com as minhas palavras de dor e todo este meu sofrimento. Poderia ser até que alguém ao ler o meu relato de vida, me pudesse ajudar. Gostava que meninas como eu com 17 anos, ao lerem isto, pudessem, pensar duas vezes antes de cometerem tantos erros como eu tenho consciência que cometi. Poderia servir para que outras pessoas, não enveredassem os mesmos caminhos que eu já percorri. Beijinhos, para todos e até breve. SOFIA.

domingo, 12 de outubro de 2008

UMA MENTIRA, QUE CRIOU CONFUSÃO.


Após estas dificuldades, o meu companheiro já ponderava a ideia, de deixar a familia e ir para fora de Portugal trabalhar. Eu ia sempre falando com o meu amigo, que tinha conhecido e com quem me sentia muito á vontade, contava-lhe as minhas mágoas, o meu sofrimento sentia, uma paz quando o ouvia, mas as linguas das pessoas da terra, eram tremendas e duras. Diziam tudo e mais alguma coisa, eu tratava aquele rapaz com respeito, nada de poucas vergonhas. Sentia-me segura, porque se fosse a falar com uma mulher, de tudo o que ele já sabia, ao voltar costas, o mundo ia saber de tudo, que lhe tinha acabado de contar. Sentia-me revoltada com a vida, eram poucas as pessoas em quem confiava.

Passados alguns dias o meu companheiro tinha arranjado trabalho em Espanha, na altura senti um certo alivio, precisava de paz e sossego. Sentia-me fraca com tudo o que me estava acontecer. Chegada a hora de ele abalar, para Lisboa, seguindo depois o destino de Espanha, estavamos todos juntos, a minha mãe, a minha sogra, e as filhotas, mas sentia que algo não ia correr bem comigo. Sentia-me estranha, sabia que ia ficar na boca do lobo, que a minha sogra ia- me fazer a vida negra. Chegada a hora, o meu companheiro seguiu viagem, entretanto eu tinha arranjado trabalho, numa lanchonete e havia uma rapariga, que era "cusca" e amiga da minha sogra. Tudo o que fazia ou falava, a minha sogra, á noite, saberia de certeza, de todos os meus passos. Era controlada diáriamente, andei três dias assim, a ser controlada. Certa vez, ia eu ao café, ter com o meu amigo, para desabafar e a minha sogra, como ficou logo a saber, de tudo, resolve, pedir a uma pessoa, para disfarçar a voz e ligar para o filho, a fim de lhe relatar as coisas que eu andava a fazer, tendo o cuidado, de inventavar situações, por onde nunca passei. Todas as noites, ele ligava-me, estava em casa com as minhas filhas e perguntava-me, quem mais lá estava, eu comecei a achar estranho aquela conversa e respondia, que estava em casa com as miúdas e ele mandava-me ligar a TV, ou o rádio, para saber se estava a falar a verdade. Falava com a minha filha, a saber se estava em casa ou não, nisto ele disse-me, para mim:....olha se pisas o risco. estas lixada comigo. eu sei os teus passos todos, mesmo estando longe e desliga o telefone.


Mais uma vez, resolvi deitar mais lenha, na fogueira, por ser tao prejudicada fui em frente com uma mentira que tinha em mente. No dia seguinte logo pela manhã a tia do meu companheiro, tinha ido lá, pôr a filha em minha casa, para poder tomar conta das minhas filhas. Chegada a hora de ir trabalhar e sabendo quem estava a fazer estas "merdas"todas para cima de mim, (era a minha sogra e a rapariga que trabalhava comigo), começei a pôr a minha ideia em pratica. Trabalhei, ao fim do dia fingi, que atendi um telefonema, em que eu dizia:.....olha amigo não saias dai, que vou já ter contigo. A minha colega, ouvindo tudo e pensando que era verdade, saí do meu local de trabalho e senti que ela me estava a seguir. Resolvi trocar-lhe as voltas, e ela perdeu-me de vista e foi para casa. Sabendo que a prima, lá estava em casa, aproveito a situação da mentira e disse para ela:.......Vanda eu confio em ti, não digas a ninguem, mas eu logo, a seguir ao telefonema do teu primo, vou sair com um amigo.......á hora do costume, o meu companheiro liga, sempre com parvoices, para cima de mim e desliga. Logo a seguir, finjo um telefonema e saio de casa. Saí, mas naã fui ter com ninguem, esperei na minha rua, quase ao pé da minha casa e vi ao de longe, a prima a sair. Na rua estava um "gajo", a espera dela, fumaram, namoraram e ele foi embora. De seguida, ela pega no tlm e liga para a mãe, dizendo:.......mãe a Sofia saíu com um gajo, e estou sózinha com as meninas. Passado para aí, uma hora, entro em casa. Ela ainda acordada, pergunta-me, como foi a noite e eu respondi-lhe:......há sim lindamente, fomos para uma discoteca, mas como estavam lá pessoas conhecidas, viemos logo embora e sem mais conversas, fui para a cama, porque estava com frio, de ter estado quase três horas na rua ao frio. No dia seguinte no trabalho, a minha colega, a tal que reportava tudo á mãe do meu companheiro, perguntou-me:..... então, esta tudo bem, há novidades? Olhando para ela, respondi-lhe:.......por acaso até há, ontem a noite saí com o meu amigo e fomos para uma discoteca, mas não entramos, porque estavam lá muitas pessoas conhecidas.......ela parvinha, sai e vai ter com a minha sogra e conta-lhe tudo. Foi um azar total, na minha vida, que brincadeira eu havia de ter arranjado, que mentira me havia passado pela cabeça, as pessoas começaram a inventar situaçoes, que nunca tinham passado. Era criticada, por uma mentira que eu própria criei.......triste ideia a minha, acabei por me despedir do trabalho, só para não bater na "gaja". No dia seguinte, recebo um telefonema do meu companheiro, a dizer-me que voltava para Portugal. Eu fiquei contente, mas ao mesmo tempo com medo que me batesse, por uma mentira minha, que eu própria inventei, mas ele já estava em Portugal e perto de mim. Não me tinha dito nada e passado meia hora, aparece ao pé de mim, nem o reconhecia, estava magro, a barba grande, deu-me um beijo, mal e porcamente e disse-me:....vamos para casa precisamos de falar, chegando a casa, ele começou a disparatar, tudo o que eu tinha inventado. Eu bem dizia, que era tudo mentira e ele, como é lógico, não acreditou, dizendo que havia testemunhas, que me tinham visto na discoteca. Disse-lhe a chorar que era mentira, que tudo tinha sido inventado por mim.Virou-se, para mim e disse-me que ia embora de vez e que levava as minhas filhas. Eu gostando muito dele, implorei que não o fizesse e que poderiamos ser muitos felizes, fora dali, longe da mãe dele, começando do zero, mas ele inflecível, disse-me:......não sei, se vai dar, traíste-me uma vez mais, gosto de ti, mas não dá.....Aquele dia passou. No dia seguinte, foi logo ter com a mãe e oiço ele estar a dizer-lhe que em Espanha passou fome, dormiu na rua, que esteve no hospital quase a fechar os olhos e que a empresa, para onde ele tinha ido trabalhar, era uma farsa. Eu naquele momento, senti remorsos de inventar uma mentira. Tive asco, de mim própria, mas eu já não estava bem, a 100%, por isso e que andava assim desnorteada, com tanta coisa acontecer na minha vida. Volto as costas e vou ter com a minha advogada, para lhe perguntar como estava o processo, ela dizia sempre que ia demorar, eu já estava farta de ouvir aquela resposta da boca dela e nisto eu disse-lhe .....VOU-ME EMBORA QUANDO CHEGAR AO MEU DESTINO, LIGO-LHE PARA LHE DAR A MORADA.......ao que ela respondeu. que era importante dar a morada para saber a data do julgamento.


Nisto vou para casa e o meu companheiro já lá estava. Abordei-o e falei com ele:......amor a nossa vida não está fácil, vamos esquecer o que se passou e seguimos em frente. Vamos para Coruche, para casa da minha prima, nao pagamos renda e fazemos lá vida. Já que devemos desta renda, 2500 euros e não conseguimos pagar, o resto das despesas. Ele pensou bem e decidimos recomeçar do zero e jurei-lhe ali, a ele, que nunca mais o iria desiludir, nunca mais apesar desta última situação, ter sido uma perfeita estupidez e ser um perfeita mentira.


No dia seguite fomos a CORUCHE, para falar com a minha prima ao encontra-la falámos e ela concordou em nos ajudar, falei do caso do meu filho que estava em tribunal e sempre muito atenciosa prontificou-se a ir para casa arranjar algumas coisas. Quando a casa estiver pronta, digo-te e assim foi. Chegados a casa, arrumamos algumas coisas, não foi, muito porque não dava. Contamos á minha mãe e ela deu logo, apoio mas a minha sogra, já não foi assim, como era de calcular. Ela não queria que o filho, fosse embora mais uma vez comigo. Foi uma completa

choradeira, da parte dela, mas era a minha vida e do meu filho, que estava em jogo, naquele momento

O REENCONTRO, APÓS ANOS DE SOFRIMENTO- EU E O MEU FILHO

Já estavamos na casa nova, só os quatro, o meu companheiro contratou logo uma advogada que me tratou logo do divórcio, passado três meses, já estava divorciada e totalmente livre, daquele que para mim, foi um monstro. Foi uma vitória alcançada. Soube entretanto, através da minha advogada, que o meu filho se encontrava numa instituiçao há 3 anos. Ela acabou, de me dizer, aquilo por, aquelas palavras, que me chocaram, tanto e dei comigo a chorar, porque não sabia de nada. Assim sendo, eu e o meu companheiro, demos carta branca, para ela seguir com o processo para a frente, porque era o meu objectivo, ter de volta o meu filho. Custasse o que custasse, eu lutaria por ele até ao fim.
Passados dias, a minha advogada, consegue em tribunal uma autorização pelo juíz, para eu poder ir vê-lo a um domingo. O tempo de espera foi horrível. Chegado ao dia, eu estava muito nervosa que nem queria acreditar, que ia estar com ele, nesse dia poder agarra-lo e dar-lhe muitos beijinhos, como ele merecia. Só que a viagem nunca mais tinha fim, nesse dia porque o meu FILHO estava muito longe.

Chegada ao destino e eu nervosa, com vontade de chorar, com aquela vontade de amor de mãe para poder, agarra-lo e dar-lhe muitos miminhos, vejo ao mesmo tempo, recém-nascidos abandonados pelas mães, há nascença e a pensar para comigo mesma"... como se pode abandonar aqueles meninos indefesos...".

As doutoras do centro, diziam que ele já não se lembrava quem eu era e eu disse-lhes:....o amor de uma mãe, nunca se esquece.....de repente ouve-se uma porta a abrir e ai eu bato com os meus olhos, no meu filho e ele em mim, quase a chorar me diz-me:.....MÃE ÉS MESMO TU? AFINAL NÃO ESTAS MORTA, COMO O MEU PAI ME DIZIA .....eu a ouvir as palavras dele e a chorar ao mesmo tempo, ainda lhe disse:....FILHO VEM PARA OS MEUS BRAÇOS, QUE EU ESTOU VIVA E NUNCA ME ESQUECI DE TI .... Ao mesmo tempo que falava com ele, olhava de banda e notava que toda a gente que estava ao pé de mim, já choravam tambem. Abro os meus braços e o meu rico FILHO, correu para o amor da mãe, que era o meu. Abraçamos, chorámos, ficámos ali os dois, por muito tempo, ouvindo os choros ao nosso lado. Naquele momento, disse-lhe:..... FILHO, agora que te encontrei, nunca mais te vou perder de vista. Vou estar sempre por perto. Sei que vai ser um processo longo e dificil, mas vamos conseguir ficar juntos, para o resto da vida, nisto o meu filho diz-me:.... MÃE prometes que me tiras daqui ?...abanei com a cabeça em sinal afirmativo e ele deu um sorriso para mim. Que felicidade senti naquele momento. E como o meu filho era lindo. A falta que ele me fazia.

Ficamos ao pé dele durante 3 horas, e a hora da despedida, foi muito marcante para ambos. Dificil, deixa-lo e não o poder trazer comigo. Mas se o fizesse, ia prejudicar-me em tribunal. Para grande tristeza minha, despedimo-nos, com lágrimas. Ele ficou para trás e eu tive voltar para casa. No dia seguinte, telefono para a instituiçao e falo, com o meu FILHO e ele disse-me para mim:..... MÃE não aguento mais estar longe de ti e das minhas irmãs, quero estar junto de ti ....e eu no outro lado da linha a chorar, para dentro com tanto sofrimento, que o meu filho estava a passar....

Passado dias consegui saber, através da minha advogada, o que aconteceu para o meu filho ter ido parar ali e ficar lá. O meu ex marido, tinha feito algo de tão grave, para ele estar ali muito longe......a resposta dela foi dura para mim, parecia ter levado uma facada no coração. Tentando manter a calma, uma vez mais ainda lhe disse:..... prefiria ter morrido, do que saber, que o meu filho, passou tudo isso, nas mãos do pai e da madrasta......O tempo todo que ele esteve com o pai , só foi desgraças, não ia á escola, dormia na rua porque ele fazia xixi na cama e a madrasta, não o queria lá. Assim, roubava para o pai e para a madrasta. Batiam-lhe com paus e mangueiras e a única coisa que não queria ouvir, foi o que aconteceu. O pai e a madrasta, violaram-no, numa noite, e como havia gritos por socorro, as vizinhas, fizeram queixa e o menino foi parar ao hospital, aonde ficou internado durante 15 dias, com um braço partido e não só.....no dia seguinte as assistentes sociais foram ao hospital e viram o menino naquele estado, e deram seguimento com os papeis para uma instituição. Tinha sido esta a vida do meu FILHO.

Quando a minha advogada, parou de me contar, eu senti uma raiva tão grande e a chorar, dize-lhe:......Dra. a minha vontade, é de matar aquele animal.......ela disse-me que o processo ia ser complicado, porque havia papeis assinados por ele, em como eu estava morta. Senti-me mais revoltada ainda, nisto a advogada, mostra-me um documento assinado por ele, em como eu tinha abandonado o meu FILHO. Eu disse-lhe que era mentira, que o tinha, deixado com a minha irmã, e ela é que tinha entregue ao pai. Ela virou-se para mim e disse-me:....Dna. Sofia, eu sei que é mentira, mas o seu ex marido, vai usar todos os argumentos falsos e arrasá-la em tribunal, só para a senhora, não ficar com o menino, mas como sei que a senhora, é boa mãe vai ultrapassar todas as acusações, da parte dele, em tribunal.

Entretanto começavam as dívidas da renda da casa. Pagavamos só, 250 euros, mas o que o meu companheiro ganhava, era quase todo para a advogada e mal dava, para o resto. Já iamos com 5 meses de atrazo da renda e não tinha ninguém para me ajudar.

A minha sogra ajudava, mas era a enterrar-me ainda mais. A única pessoa que me dava alimentação para as minhas filhas, era a minha mãe. A minha sogra, era contra o meu filho, vir para o pé de mim, de vez. Eu respondia-lhe:......sogra, quer voce queira, ou não, estou pouco me "lixando", para aquilo que pensa. O seu filho, quando me conheceu, já eu tinha este filho e estamos a lutar os dois, para o trazer.....ela olhou para mim, baixou os olhos e foi embora, porque sabia que de mim, já não levava conversa...

Era o processo a demorar, eram as dívidas, a aumentar, eu queria fazer alguma coisa e batia tudo errado na minha vida. O meu companheiro, não tinha trabalho certo, era só biscates e tudo o que ganhava, era para a advogada. A minha mãe era que entrava para certas coisas porque a minha sogra nem sequer mexia uma palha para ajudar...

Eu já estava tão saturada e cansada da vida, por me ver naquela situação, de passar dificuldades, mais uma vez, com as minhas filhas.....ainda pensei aonde eu errei ???

Nessa altura tinha conhecido uma pessoa, com quem desabafava e que me apoiou imenso era filho da terra, mas as más linguas estragavam tudo mais uma vez......

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

CHEGADA A CASA DO AVÓ.........


....meu DEUS, onde me ia meter, que casa aquela, para onde eu ia viver. Não tinha condições, mas como era provisório sujeitei-me, uma vez mais......mas, desde então, passei a ser, naquela casa, como uma criada para tudo, fazia os meus haveres como mãe, esposa, dona de casa, mas tambem tinha que aguentar as cenas "porcas" do avó. Todos os dias, chegava bêbado a casa. "Mijava-se" e "borrava-se" todo, e eu tinha que limpar a "merda" que ele fazia. Assim era a minha vida e o meu papel ali, naquela casa, onde uma vez mais, o meu companheiro, por egísmo, ou sei lá, me arrastou de novo. Apesar de tudo, lá ia aguentando, entretanto ia levando a vida como podia, como estava grávida, continuei a fazer as minhas consultas de rotina e passado uns dias fui ao médico, a fim de saber como estava a correr a minha gravidez, e ver se estava tudo bem comigo e com o meu bebé e soube, nesse dia que iria ter outra menina. Fiquei muito feliz e só pedi a DEUS, que tudo corresse bem. Entretanto lá em casa , nada mudava, as filhas do avô do meu companheiro, como por exemplo a minha sogra, habituaram-se a ser eu, que fazia todo o trabalho lá de casa, mas mesmo assim, depois iam para a rua e para os cafés, dizer que eu não fazia nada. Eu começei, a ignorar as conversas, (neste caso da mãe do meu companheiro), já estava habituada á lingua suja dela, em tanta coisa, bem pior que aquilo, que para mim, nem me afectou. Certa vez, ela chegou para visitar o pai e eu estava a arrumar a casa, e ela, não faz mais nada, começa a inspeccionar o meu trabalho, se estava tudo limpo, mas haviam uma sitíos onde não conseguia chegar para limpar, sem ajuda de alguém, e ela vira-se para mim e disse-me:....oh! Sofia, faz o favor de limpar tudo novamente, porque este móvel, em cima está cheio de pó ....olhei para ela e disse-lhe:.....é preciso ter lata, já reparou que esta casa é do seu pai? Não sou criada de ninguém, e muito já faço eu, porque afinal, a filha é voce, por isso limpe a senhora, se acha que não está bem e não eu, essa obrigação é sua e das suas irmãs ....ela ficou boquiaberta, perante aquela resposta. Deu meia volta e saíu, para a rua e começou mais uma vez mais a falar mal de mim, mas ignorei os insultos vindo da parte dela, as palavras que agora ouvia, já não significavam nada, para mim.


Passados 2 meses, comecei com as contracções, e a minha vontade, era ter a minha filha em casa, mas infelizmente, não me deixaram. Passei essa noite em claro, sempre com dores e cheguei a um ponto, que já não aguentava mais e chamei o meu companheiro dizendo-lhe:....está na hora de a BEATRIZ nascer, levantou-se e metemo-nos á estrada, com a JOANA, porque ninguém me quis ficar com ela. O carro nunca andou tão depressa, como naquela noite. Pelo caminho, vomitei e o meu companheiro aflito, de me ver assim, perguntava se eu estava bem e eu, naquele momento e uma vez mais, sempre com o meu pensamento no meu rico FILHO. Continuava, sem saber nada dele e já fazia tanto tempo. Parte de mim estava morrendo, com a saudades e com a falta que eu sentia do meu menino. Chegada ao hospital, o meu companheiro deixou o carro mal estacionado, os enfermeiros vieram logo e levaram-me para dentro. Desta vez o meu companheiro, não poderia assistir ao parto, pois tinha a JOANA com ele. Nisto, foi só o tempo de ele ir á rua, arrumar o carro e quando voltou, lá dentro o médico disse-lhe:.....parabéns a sua filha já nasceu .....


(mais uma vez fui uma super mãe e sempre, com o meu FILHO no meu pensamento).


Passados dias regressei a casa, com as minhas FILHOTAS mas, continuava a faltar um pedaço de mim que não me dava descanso, a toda a hora, o meu FILHO e sem ele eu jamais conseguiria ser feliz.


Os meses foram passando e eu passei por momentos bons, mas tudo o que é bom acaba depressa, pelo menos para mim foi sempre assim. E houve um dia, em que eu estava em casa com as minhas FILHOTAS, e o resto da familia, toda reunida no café. Infelizmente eu era sempre a única que estava de parte, perante tudo e todos. De repente chega uma prima e disse-me, que o dono do café estava a falar mal de mim e da minha mãe. E que todos, que supostamente me deveriam defender, estavam lá a ouvirem e a rirem-se. Senti uma vez mais, o peso da humilhação, e sem pensar, pedi á minha prima, para olhar pelas minhas meninas e vou até ao café, constactar o que se estava a passar, realmente era verdade e a risota continuava, tendo por bobos da corte, eu e a minha mãe. Revoltada, chamo o meu companheiro á rua e disse-lhe:.....posso saber o motivo de tanta alegria? Que se passa aí dentro, para esse "porco" estar a falar mal de mim e da minha mãe?..... Coisas inventadas por pessoas, que não sabem o que aconteceu na minha vida, é?..... Ele volta-se para mim e disse-me:....."caga" nisso e vai para casa, e ele voltou para dentro, e eu ainda, ouvi o dono do café dizer:.... entra e vê se fechas a porta, porque não quero essa "puta", com quem estás junto, aqui dentro, do meu estabelecimento e ele assim fez, fechou a porta. Ao ouvir aquilo, foi demais, volto-me de repente e começo, aos murros e pontapés á porta, só parando, quando a abriram para eu entrar. Assim que a porta se abriu, eu jogo-me para cima do homem, parto-lhe o nariz e os óculos, ele já fugia de mim e de repente, agarram-me os meus braços, só para não dar cabo do homem que me tinha estado a ofender assim como á minha mãe. Ele só gritava:.... tirem-me esta louca daqui, porque ela esta fora de si.....o meu companheiro vira-se para mim e manda-me embora. Vi que ele nem sequer mexeu um dedo, para me ajudar, para me defender e isso custou-me muito. Saí dali e fui para o pé das minhas FILHOTAS, com a certeza de ter alcançado uma vitória, defendi a minha honra, assim como o bom nome da minha mãe. E tudo acalmou. Passados alguns dias, o avó, lembrando-se, sei lá, do episódio do café, chamou-me de "porca e puta" e que era a vergonha da familia dele. Era demais, e sem medir consequências, dei-lhe um estalo, porque estava a ofender-me. Ele não gostou e vai daí, começou a bater-me com a bengala, magoando-me bastante. Conclusão, todos ficaram contra mim, como era de esperar, por eu ter batido no "velho". Já saturada e sem conseguir aguentar mais, com aquela situação, eu e o meu companheiro, uma vez mais, saímos dali e fomos embora, porque já tinhamos arranjado uma casa em Rio Maior......o tempo passava, a vida passava, eu ia ficando mais velha, mas a minha estabilidade, nunca mais chegava. O direito a ter uma vida normal, não me estava reservado a mim. O sonho de todas as mulheres, é de viverem com os filhos, numa casa com paz, harmonia, amor e carinho ao lado do marido, a mim, era-me sempre negado, foi-me sempre negado. Mas o pior de tudo é que nem os meus três filhos, que poderiam ser o meu maior consolo, podia ter junto de mim. Mas o destino ainda me reservava, muita coisa e infelizmente, não eram coisas boas..............

SEMPRE A ERRAR...NÃO SABIA FAZER MAIS NADA..................


Chegada á Vila de Vidais, era esse o meu destino. Mas para mim, sem o meu FILHO, nada tinha sentido, o meu companheiro dizia-me que assim que houvesse algum dinheiro, arranjava-mos uma advogada, para me divorciar e procurar o meu FILHO, e eu sempre acreditando nas palavras dele.....tudo correu bem durante meses, tudo em paz e harmonia de um lar tudo em familia e, apenas e sempre com aquele sofrimento, de onde estaria o meu FILHO?


Naquela altura, tinha chegado a campanha da fruta, pedi ao meu companheiro para ir trabalhar, e ele deixou mas, tinhamos a situação da nossa FILHA, que não tinha ninguém de confiança com quem a deixar. Num acto impensável, da minha parte, sugeri ao meu companheiro, que a minha cunhada, podia vir e trazer a minha sobrinha, na altura com 14 anos. Assim eu ia, com a minha cunhada, trabalhar para a fruta e a minha sobrinha tomava conta da nossa FILHA. Ele disse-me, tudo bem, ela assim vem trabalhar para a campanha e a tua sobrinha olha pela menina.


No dia em que ela chegou, com a filha, ela instalou-se, mas houve algo que me desgostou nela, e da maneira dela, (fiquei uma vez mais, com pulga atrás da orelha ).


Chegou a semana da fruta, eu levantava-se sempre as 6h30m, para o meu companheiro ir para o trabalho e para eu, deixar tudo pronto para a minha sobrinha, ficar com a minha menina, porque eu iria estar por perto, a trabalhar e saímos as duas, (eu e a minha cunhada) para o trabalho. Tudo funcionou bem, durante 2 semanas só que na 3 semana, tudo aconteceu o que não deveria ter acontecido. A minha cunhada começou a insinuar-se, ao meu companheiro na minha frente e, eu sem forças, mas uma vez mais, suportei a humilhação. No dia seguinte á tarde, estava a brincar com a minha FILHA, na rua e dei por falta dos dois. Entrei em casa e começei a ouvir gemidos, estavam eles a fazerem sexo, na minha casa de banho. Espreitei pela fechadura e vi tudo, aguentei a humilhação, chorei, e foi mais uma desilusão, na minha vida. A falar comigo mesma, pensei, o que estou eu aqui a fazer ?


Eles sairam, como se nada, tivesse acontecido e, eu ali a sofrer no silêncio sem nada poder fazer, ou dizer, só com medo de levar porrada. A partir desse dia, eles todos os dias, á noite, quando todos já estavamos a dormir, (pensavam eles, pois eu fingia que dormia, para ver o que se iria passar) e ele ia ter com ela á cozinha, e faziam mesmo ali, até de madrugada e, eu ouvindo as juras de amor, e gemidos, mas aguentei, sempre calada. Eu já na altura, me estava a sentir mal, desgostosa comigo e com a minha figura, com o meu corpo, só que não sabia o que era, olhava-me ao espelho e, via um monstro, com a cara disfigurada e dentes todos partidos.


Passados uns dias, um amigo do meu companheiro, começou a olhar com outros olhos, para mim, eu precisava de carinho, deixei-me levar pela "labia", dele e dei o troco ao meu companheiro, mas arrependi-me logo, mas mesmo assim tinha carência de carinho, de meiguices, de me sentir amada, aconteceu tudo muito rápido e logo de seguida arrependi-me de o ter feito. Não sei como, a minha cunhada descobriu o que eu tinha feito, e começou-me a ameaçar, dizendo:....se abres a tua boca, a alguém, para estragar a minha relação com o teu companheiro, eu conto tudo o que se passa entre ti e o amigo dele. Eu ouvi aquilo, e fiquei com medo, mas mesmo assim, não me deixei levar e disse-lhe:.... faz aquilo que tu quiseres, já perdi tanta coisa e já fui humilhada tanta vez, que já estou por tudo. Nessa noite quando o meu companheiro, chegou, começou a fazer-me perguntas, sobre o amigo. Não disse que sim nem que não, nem que era verdade, ou mentira. De nada me valia, ele já sabia de tudo. Olhou-me nos olhos e disse-me:...aquilo que faço, ou deixo de fazer, não tens nada a ver, com isso, eu não sou de ferro, perante as mulheres....De repente agarra-me pelos cabelos, e fez-me rastejar no chão, perante todos, até na frente da minha FILHA, deu-me pontapés no estômago e murros na cara e gritava-me:...isto foi só, para não me traíres, bem que a minha mãe, tinha razão e as pessoas também, não vales nada....levantei-me com o sangue a cair e fui á cozinha e peguei numa faca e espetei-a, na barriga aos golpes. Caí para o chão e levaram-me para o hospital. Conclusão o facto de eu andar mal disposta, já estava grávida de 4 meses. Por sorte o bébé, estava bem porque as facadas não afectaram o feto...nesse mesmo dia fui para casa e andámos semanas, sempre a discutir e ele sempre a desconfiar de mim (eu é que tinha razões, para desconfiar dele) a mãe dele, ligava ou ia lá euma vez mais, começou com a mesma história de dizer, que o bebé, não era neto dela.....e ele a dizer-me, que estava farto de ser julgado pelas pessoas, daquilo que fez, ele já dizia mal a vida dele, mas nunca parou para pensar o que eu estava a sentir, a sofrer, as humilhações, as angustias as vontades que eu tinha de muita vez de me suicidar, ele nunca pensou em nada disso.


Segundo ele, e para não ser mais humilhado, foi pedir auxilio á mãe e ela disse-lhe:...olha filho, vai falar com o teu avó, para saberes se podes, lá ficar até arranjares casa. Assim foi ,ele concordou, e uma vez mais, acabamos por abalar, de um lado para o outro e eu sempre em pensamento, a questionar-me e a pensar:...se soubesse que estava grávida, as coisas teriam sido bem diferentes...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

NOVA VIDA ,PENSAVA EU......AFINAL NOVA, VIDA VINHA A CAMINHO.


Chegada ás Caldas da Rainha, fomos para uma pensão mas, com a tristeza sempre viva e presente, de não saber nada do meu filho, aguentei sempre o meu desespero, até ao fim, com muito custo. Entretanto arranjei trabalho na pensão, aonde acabámos por ficar a morar. Foi bom para mim, só que entretanto, numa das limpezas que estava a fazer, a uma casa de banho, a minha patroa como era uma pessoa muito exigente, deu-me para as mãos ácido muriático, para pôr nas sanitas e no chão. Eu que andava de chinelos, deixei cair um bocado de ácido para os pés e fiquei queimada no meu pé direito, pedi á minha patroa, para me levar ao hospital, pois as dores estavam a ser insuportáveis e a resposta dela foi, não porque havia muito trabalho para fazer e eu, fiquei assim todo o dia, com o pé queimado, cheia de dores e sem assistência médica. Chegada a noite, fui finalmente ao hospital. Fiz-me acompanhar, pelo o meu companheiro e o médico disse-me, que tinha queimaduras, graves e como sequelas futuras, todos os anos, pela a altura do Outono, o meu pé iria ficar assim. E na realidade, assim foi, todos os anos por esta altura o meu pé fica em carne viva, (ainda pensei, mais um problema para a minha vida, para me preocupar, será que isto nunca acaba)?


Passaram-se alguns meses, entretanto engravidei da minha filha. Continuava também, este tempo todo, sem saber nada do meu filho (parecia que tinha levado tamanho sumiço, que nunca mais ouvi, nem soube nada dele, o meu coração sofria todos os dias pela a sua ausência e eu sem nada poder fazer). Mas ainda assim, as coisas continuavam a piorar pois de repente, o meu companheiro, ficou sem trabalho e só o meu ordenado, que tirava no meu trabalho na pensão, não dava para nada. Era tudo para pagar a estadia, assim como a nossa alimentação. Ponderamos, entretanto falar mais uma vez com a minha mãe. Perguntamos-lhe se nos daria cama, e abrigo em sua casa para nós os dois e ela, como mãe que era, disse-me logo que sim. Entretanto e uma vez mais abalámos de novo e mais uma vez para Rio Maior.


Ficámos em casa dela, durante muito tempo. Aí fui feliz apesar da minha sogra, se meter muito, na minha vida e na do filho. Andava sempre com intrigas, para o meu companheiro só para ele, com o intuito de ele me deixar. Saía á rua, ja com um enorme "barrigão" e cheguei muitas vezes, a ouvir comentários, de muito mau gosto. Tipo a filha que eu trazia no ventre não era filha do meu companheiro. E que o melhor que tinha a fazer era nunca ter saído, do sitío onde tinha estado até ali, porque esse era o meu lugar, não ali em Rio Maior. Eram este tipo de comentários, que eu me sujeitava a ouvir e que não me caíam, nada bem. Custava-me muito ouvir pôr em dúvida a paternidade do meu bébé, principalmente porque o meu estado ainda me estava a fazer sentir mais fragilzada. Mais uma vez, estava a ser vítima de insultos, perante pessoas que não faziam, qualquer sentido para mim e que de mim nada sabiam, apenas davam palpites e eu sempre com a certeza que tudo aquilo, partia precisamente da boca da mãe do meu companheiro. Mesmo assim a filha que carregava no meu ventre e o amor que sentia pelo meu menino, que andava longe de mim, sem eu saber dele, deram-me, forças, para ignorar tudo e todos, e seguir em frente.


Houve um dia em que a minha sogra disse ao filho, que a criança que eu trazia no ventre, que não a aceitaria, como neta e, ele parvo e com os ouvidos cheios pelo que a mãe sempre lhe dizia, chegou á noite e acabámos por ter uma discussão, muito feia mesmo, atirando-me em cara, que a filha, não era dele, aí eu respondi:... para ser humilhada já me bastou, para sofrer mais, também. Agora, não te admito, nunca mais que me digas uma coisa destas. Ainda por cima, falando de um ser, que ainda não nasceu, nem pediu para o fazer. Sabes muito bem, o que fizemos.... Revoltei-me de uma tal maneira, que o mandei embora da minha vida. Ele volta-se para mim e diz:... se me estás a mandar embora, é porque a minha mãe, tem toda a razão, a filha não é minha....(nisto pensei mais uma vez, estou a ser humilhada, mas porquê? Será que a minha vida vai ser sempre assim? Onde fica a minha dignidade?). Com o meu sentimento ferido, e doida de revolta, levanto a mão e tento, dar-lhe um estalo. Que fui fazer? De repente, já estava com um valente murro em cima. Eu comecei logo a chorar e a implorar para não me bater mais, nisto a minha mãe, ouve o barulho, vai a correr para saber o que se passava, e deu com ele a bater-me. A minha mãe, meteu-se na frente e ainda consegue, separa-lo de mim e disse-lhe:.... chega na minha filha, não lhe bates mais, para sofrer já bastou, o que ela já sofreu e não quero, que ela seja um saco de boxe nas maos de mais ninguém, ouviste?...para sofrimento já bastou.


Nisto olhou para a minha mãe e parou. Eu fugi dali. Fui para um sitío sossegado, fechei-me na garagem, junto ao meu cão que lá estava, e chorei tanto, tanto, que a sensação que tenho é que o cão me compreendeu, colocou a sua patinha em cima das minhas mãos e deitou-se ao meu lado, ficamos ali os dois, nem sei quanto tempo. Nisto a minha mãe, que tinha ficado a falar com ele e o tinha feito compreender, que estava agir mal, perante as "intrigas", da mãe dele, que eu já estava a carregar a minha cruz, por não saber do meu filho, para ainda estar a sofrer a calúnia, de ouvir dizer que a filha que ia ter ,que não era dele.


Tudo se acalmou naquela noite. Chegou o dia seguinte e eu com marcas na minha cara, saío á rua mesmo assim, apesar das pessoas olharem e criticarem, encontro logo a minha sogra. Olhou para mim e disse-me, com ar de contentamento:...entao caíste?... e, eu danada respondo logo:....isto foi a "merda", da lingua que a senhora tem, em andar a dizer mentiras ao seu filho.... e a água que voce tem em casa, não deve chegar, porque tem a lingua tão "porca" que não pode lavar a linguagem, que vomita cá para fora!!!.... ficou a chorar e eu sem pena nenhuma, voltei-lhe as costas e vim para casa. Lógico, que acabou por encontrar o filho e começa mais uma vez a dizer mentiras, aproveitando para lhe contar o nosso encontro e aquilo que eu lhe tinha dito e o que não tinha. Se foi essa a lógica, também lógicamente que ele chega a casa e pergunta-me?....estiveste com a minha mãe?......eu disse-lhe que sim. Contei-lhe, palavra a palavra a nossa conversa, sem nada omitir, pois não tinha nada nada a perder nem a ganhar. Estava a fazer, aquilo que devia ser feito, a ser sincera. Aí ele, começou por me dizer o que a mãe lhe dito, e era mais que evidente que a versão dela em nada correspondia á minha e ao que na realidade se tinha passado. Então vira-se com cara de mau para me intimidar e disse-me?..... é que a minha mãe, afirma a toda a gente que lhe deste um estalo, no meio da rua.... Nem queria acreditar no que estava a ouvir, voltei-me para ele a rir e respondi-lhe!.... vontade não me faltou, mas não o fiz, pois aí perderia toda a razão, perderia também a minha dignidade e aliás, a minha mãe estava presente e viu tudo.....coisa que de imediato a minha mãe confirmou e aí, ele começou finalmente a acreditar em mim e na verdade.


Passados dias começei a sentir muitas dores e contracções. Nesse mesmo dia, ainda tomei com muito custo o pequeno almoço e de repente, mais contracções. A minha mãe, concluíu logo, dizendo:.....chegou a hora de nascer a minha neta. Meti-me dentro do carro, já com muitas dores e fomos, rumo ao hospital das Caldas da Rainha, cheguei e os médicos disseram que ainda faltava muito mas, mesmo assim, o meu companheiro ficou ali porque queria assistir ao parto o que acabou por acontecer. Chegada a hora e com as cada vez mais fortes e seguidas, e ele sempre ao meu lado, assistiu ao parto e a nossa filha acabou por nascer, no dia 18 de Agosto, bem, e sem qualquer problema de saúde. Foi mais um momento único, uma vez mais na minha vida e também nesse instânte me lembrei uma vez mais do meu querido filho, que andava sabia DEUS onde. Após me terem dado a assistência normal, tratarem da menina fui transportada para a enfermaria e chega a hora das visitas. Os meus sogros, vieram logo para ver a cara da menina ,desejaram-me felicidades, eu agradeci e quando é o meu espanto, olho para o lado e vejo a minha sogra a chorar, ao olhar para a minha filha, dizendo que era toda aparecida com a familia da parte dela. De seguida aproximou-se de mim, olhou-me nos olhos e abaixou a cara porque, tinha errado e muito, pena ter reconhecido só ali. Teria evitado um monte de mágoas e dores que me tinha feito sentir.


Saí do hospital e tudo correu bem, a minha filha foi criada em casa da minha mãe, até aos 13 meses de vida, e eu continuava sem noticías do meu menino. Mas como vaso ruim não quebra, comecei a ficar farta "das bocas", da minha sogra por não trabalhar, assim como o meu companheiro, que na altura continuava sem trabalho. Pensamos em sair dali, para outro lado, porque entretanto, ele tinha hipóteses de arranjar trabalho noutro lado e acabamos por arranjar casa também, e mais uma vez me vi a abalamos para o concelho das Caldas da Rainha.....sempre com a mesma pergunta na cabeça:.....SERÁ QUE ESTOU A FAZER O QUE É CERTO?........


sábado, 4 de outubro de 2008

O REENCONTRO E A CRITICA DE QUEM NADA SABE E NOVAMENTE UMA PERCA.

Após um tempo parada á porta da minha mãe, consegui entrar. Olhei para a minha mãe e desatamos a chorar, as duas abraçadas uma a outra, de repente oiço uma voz a chamar-me : mamã mamaaaaaã....olhei para o meu filho e agarrou-se logo a mim a chorar, foi um momento único, mas nem me passava pela cabeça, que um dia mais tarde, iria perdê-lo, mais uma vez....estive no consolo da paz e harmomia com as duas pessoas que mais amo na vida, durante 3 dias, sempre com amor e brincadeira a mistura..... depois contei a minha mãe o que fiz na cidade do PORTO, não escondi nada, não tinha o direito de o fazer. Condenasse-me ou não, estava ali a pessoa que me deu o ser e eu devia-lhe toda a sinceridade deste mundo. Ela virou-se para mim e respondeu:....filha, agora estás aqui em paz, ao pé de mim, de onde nunca, deverias ter saído, sei que errei e tu erraste isso e humano, daí que não te vou condenar nem apontar o dedo, és minha filha, mas agora já passou, tens que arregaçar as mangas e ires á luta. Começares tudo do zero e eu estou aqui para te apoiar e ajudar em tudo que for possivel, a ti e ao meu neto. Mas, saía á rua, e as pessoas continuavam a criticavam-me, a fazer juízos de valor, errados a meu respeito, por eu estar assim como se costuma dizer na mó de baixo. Por minha cabeça, mas elas não sabiam nada de mim, não sabiam o inferno pelo qual eu já tinha passado. Essas pessoas, que me apontavam o dedo, tinham as suas vidinhas e dessas suas vida é que deveriam falar e criticar, não da minha. Pois sempre se ouviu dizer que quem tem telhados de vidro, não deve atirar pedras para o ar. Assim como é da gíria, dizer-se que quem nunca errou, que atire a primeira pedra. Só uma pessoa me poderia julgar, a minha mãe e essa não o fez. Perdou-me do fundo do seu coração, e isso para mim era o mais importante. Mas nem tudo era mau, porque por outro lado, outras davam-me palavras de afecto, enfim as pessoas por vezes falavam, porque não sabiam ao certo, o que tinha se passado na minha vida, nem tinham de o saber. Os erros que eu tinha feito, sentia que os tinha pago, factura a factura daí que nem me dignava a fazê-las mudar de ideias, em relaçãoa mim. Naquele momento duas pessoas me importavam, mais que tudo, a minha mãe e o meu filho querido.........

Passado um mês, o meu irmão mais velho, veio ter comigo e disse-me que havia um rapaz que gostava de mim e queria cuidar do meu bem estar e do meu filho e que me sustentaria. Disse ao meu irmão, que não queria ninguém na minha vida, mas ele fez-me prometer, pelo menos que eu pensaria no caso. Falei com a minha mãe, pedi-lhe conselho, pois tinha medo de errar novamente e ela disse-me:... tu é que sabes, afinal de contas, não consegues arranjar trabalho, por isso faz o que bem entenderes, estarei sempre aqui para te apoiar, qualquer que seja a tua decisão. Pensei durante uns dias e por muito que pensasse, menos me decidia. Mas decidi, dar uma oportunidade a mim mesma. Chegou a altura de conhecer o rapaz, era uma pessoa pacata, mas uma vez mais, algo me dizia, que nao ia correr nada bem esta relação. Passado 2 meses, juntei-me com ele, tinhamos arranjado uma casa, ao pé da minha irmã, o meu filho começou a frequentar um infantário, e tudo correu bem durante 6 meses. Um dia, eu e a minha irmã, fomos buscar o meu filho ao infantário, e encontrei ali á minha frente, o meu marido, com outra mulher, a tentarem levar o meu filho dali para fora. Não deixei e houve logo, ali um bate boca, com a mulher que estava ao seu lado, agrediram-me os dois e vi que a minha irmã, não mexeu, nem um dedo para me apoiar, mas mesmo assim, tive forças e dei um murro á mulherque acompanhava o meu marido. Voltei-me para ele e dei-lhe um valente pontapé nos "tomates". Eles antes de se irem embora, virou-se para mim dizendo:...amanhã, volto e acabo com a tua raça, minha "puta de merda"...fiquei aterrorizada uma vez mais.


No dia seguite, estava no jardim ao pé da minha mãe, mas sempre com pressentimento que algo me ia acontecer e de repente, pumm!!! levei um tiro nas costas, caí logo para o chão. Quando acordei, estava no hospital com a bala retirada e o meu marido a fugido a monte. Foi dura a recuperação, mas mais uma vez, aguentei tudo até ao fim. Passado 1 mês, saí do hospital e o rapaz que estava comigo, tinha mudado de feitio, para pior assustei-me logo, pois é claro, já tinha passado, por uma experiência de sofrimento. Sentia que ele andava agressivo comigo, mas não me batia, entrava todos os dias bêbado em casa, e um dia, disse-lhe para ele:... se não mudas, levo o meu filho e vou embora daqui para fora. Para estar a aturar gente doida, já aturei muito tempo....de repente após ele ter ouvido aquilo da minha boca, deu-me um estalo e eu sem pensar, desesperada por poder ter de vir a passar por tudo de novo, tentei o suicidio tomando varios comprimidos. Ele chamou a ambulância, fui novamente parar ao hospital. Fizeram-me uma lavagem ao estômago e a medica, disse-me, que foi por sorte ter sobrevivido. Ele pediu-me desculpas e eu por querer continuar a dar bem estar ao meu filho, aceitei as desculpas. Talvez tenha feito mais um erro, mas na altura não o soube. Passado um tempo e por ironia do destino, apaixonei-me, pela primeira vez por um rapaz e ele por mim. Fiquei cega de amor. Ele sabia a minha vida toda, porque as pessoas falavam nas ruas, só que os pais dele, não queriam que ele falasse comigo. Encontrava-me com ele ás escondidas, a minha mãe gostava muito dele, o meu FILHOTE, adorava-o, quando o via era uma festa eu, bom eu sentia finalmente o sabor da palavra amor. Por essa altura, tinha chegado o aniversário do rapaz, com quem eu estava ainda, aconteceu tudo de ruim para mim, tinha corrido tudo bem na festa, só que ele e o meu irmão, empurraram-me contra a parede e perguntaram-me, se eu andava a encontrar-me com alguém, eu disse que sim, que me tinha apaixonado e não havia nada, que voltasse atrás, naquele amor que eu estava a sentir no meu peito. Conclusão, derivado a não mentir, e assumir a verdade, o rapaz e o meu irmão bateram-me tanto, jogaram-me contra a parede, deram-me murros no estômago, eu sentia-me um saco de boxe, nas mãos deles. O meu irmao dizia-me:... se pisas mais o risco comigo, esgano-te....eu já não sabia, o que fazer, naquela altura estava a ver-me na mesma situaçao de há uns tempos atrás. Uma vez mais, a minha irmã, viu aquilo tudo e não fez nada, para me ajudar e pensei:...afinal de contas o que é que eu sou ? Os meus irmãos não gostam de mim... aonde foi que eu errei afinal? Chorei e acabei por dormir, com o meu filho bem agarrada a ele. No dia seguinte, fui ter com o meu amor, ele olhou para mim e diss-me, foge comigo, vamos ser felizes ....aquelas palavras, e mais uma vez, fiquei desconfiada, mas eu sentia amor. Á noite, já em casa, o rapaz com quem vivia, bateu-me novamente e eu nao fiz mais nada, ligo á minha mãe, se podia ficar com o meu filho. Ela disse-me, que estava longe de casa e entretanto, boa como sou pedi á minha irmã:... Lena, ficas com o meu FILHO esta noite? Porque eu amanhã venho buscá-lo? A minha irmã concordou e após ter deixado o meu menino, com muto custo, fugi de Rio Maior, para as Caldas da Rainha. Fomos para uma pensão. No dia seguinte, volto para Rio Maior, para ir buscar o meu filho e fiquei em estado de choque, porque os meus irmãos, tinham entregado o meu FILHO, ao pai dizendo-me, que eu o tinha abandonado. Nem queria acreditar, em semelhante maldade. Gritei com toda a força, que era mentira e disse ao meu irmão assim:... TONHO ZÉ, tu a partir deste momento, morreste para mim deixaste, de ser meu irmão, esquece que eu existo e a minha irmã foi igual e abalei novamente triste da minha vida ..... uma vez mais fiquei sem o meu filho. Que sorte a minha e a dele, pobre criança. Que poderia fazer? A quem poderia recorrer? Quem me poderia ajudar? A minha vida era mesmo sem sentido. Estava farta de sofrer e desta vez a angústia estava a ser a minha grande companheira.....

VIDA PERDIDA NO PORTO


Andei a deriva sem saber o k fazer. Fiquei desnorteada com a minha vida, entretanto arranjei uma amiga k me ajudou a arranjar trabalho, em Rio Tinto, abalei com ela, deixando para trás sem saber, nunca mais saber do paradeiro do meu FILHO.


Andei á deriva pelas ruas do Porto, sempre acompanhada pela minha colega e amiga, o meu ordenado, era chapa ganha, chapa gasta, não chegava para nada, só k não tinha muito conhecimento, (nem muito, nem nenhum), acerca da vida dessa minha amiga.


Entretanto descobri k ela andava, no mundo da droga , conclusão já estava tão amargurada da minha vida, k acabei por ser influenciada, a iniciar-me também na droga, por muito k tivesse resistido, mas caí lá mesmo. No fundo, a minha sorte ou o meu destino de vida, era k só usei e tomei sempre, drogas muito leves. Andava muito perdida no mundo real, e continuava na dor de não saber nada, do meu rico FILHOTE.


Um dia já de noite, estava eu em casa com a minha colega e ouvimos barulho na rua. Vimos pela janela, k estava a haver uma rusga policial, á procura de droga, entretanto a minha colega disse-me para mim:.... pega nas tuas roupas e foge, para um sítio seguro, tu tens um filho para encontrar, não mereces esta vida. Agora eu não tenho filhos, não tenho nada a perder, nada me importa o que me acontecer. Depois quando puder, falo contigo, no local de trabalho..... entretanto fugi, mas como não conhecia ninguém, acabei por dormir na rua, mais uma vez, e sem condições.


No dia seguinte, fui para o trabalho e a minha colega disse-me k estava tudo bem com ela, porque na noite passada, não tinha droga em casa e k tinha voltado para casa dos pais. K eu tinha k arranjar sítio para ficar, porque ela não podia fazer mais nada por mim ....fiquei triste, porque não tinha para onde ir e por uma rasteira do destino, tinha voltado á estaca zero, sem saber o k fazer, nem ter onde dormir. Então, lembrei-me de levar do meu trabalho, papelões e fiz a minha cama, debaixo de uma ponte e passei a dormir lá, todas as noites, mas tinha a satisfação, de não ter ao meu lado, o meu marido, para me encher de porrada e pontapés...andei assim um ano inteiro, a dormir na rua, e sempre sem saber noticias do meu FILHO....Entretando tinha comprado um telemóvel e dei o meu número, á minha mãe. Dizia-lhe sempre a ela, k estava tudo bem comigo, mas só DEUS e eu é k sabiamos, o k eu estava a passar. Decorridos 15 dias, recebo um telefonema da minha mãe e dizer-me:... filha, vem imediatamente para casa, porque o teu marido, abandonou o teu FILHO á minha porta. O k a minha mãe, me foi dizer, fiquei tão contente, até chorei de alegria, os meus colegas de trabalho todos me perguntavam o k se passava, e eu sempre a chorar nem conseguia falar. Larguei o k estava a fazer, entretanto o meu chefe de linha de produção, parou a linha, de repente e fui a correr para o escritório, gritando, para toda a gente k se encontrava a trabalhar, k tinha noticias do meu filho. K sabia, onde ele estava agora. K tinha finalmente encontrado, o meu menino e k, tinha de sair dali, para fora, para ir ao encontro dele!!! Só sei, k notei muita gente a chorar por causa da minha felicidade e muitos me gritaram !!!!.... FORÇA SOFIA, ÉS UMA BOA MÃE, VAI EM FRENTE, SÊ FELIZ .... estas palavras, tocaram-me imenso e eu chorava cada vez mais. Quando cheguei á frente do meu patrão e disse-lhe k estava na hora de me ir embora, porque tinha encontrado o meu FILHO.... ele respondeu-me:... D.SOFIA, vá na paz de DEUS e um dia, quando a senhora precisar, tem a porta aberta para retomar ao seu trabalho. A senhora é lutadora, por isso vá em frente. Naquele instante, ele deu-me para as mãos, um envelope, com 2 ordenados. Não resisti e dei-lhe, um abraço dizendo-lhe, obrigado ao que ele respondeu:... não precisa de dizer obrigado, também sei k a vida custa, e também tenho 2 filhos. Sei o k é sofrer...saí dali e sempre a olhar para trás, dizendo adeus a todos....nem fui buscar as minhas roupas, fui logo para a estação dos comboios, com a roupa k trazia no corpo...a viagem foi cansativa demorou 6 horas. O caminho até ele, foi demasiado longo, e eu não via a hora de o ver, de o sentir, de o cheirar, de o beijar. Foi uma viagem infindável, para mim. Chegada a Rio Maior, aonde mora a minha mãe, encontrei logo pessoas que me diziam:... olha quem chegou a cidade... estás disfigurada, dos maus tratos da vida e sofrimentos, tudo por tua cabeça, não temos pena nenhuma, de ti ....fiquei muito mal, por saber aquilo k as pessoas, sentiam em relação a mim. Sentia nos olhos das pessoas, o ódio que nutriam por mim ... pesava na altura, 40kg, e só ainda tinha 20 anos, mas nada iria estragar a minha felicidade, de mãe.....cheguei finalmente a casa da minha mãe. O meu momento iria chegar. Revê-lo após tanto tempo. Naquele momento podia acabar o mundo, mas o meu filho estava ali do outro lado da porta.......

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

TUDO IRIA MELHORAR.......PENSAVA EU.


....pensava ke tudo ia melhorar mas em vão...passado alguns dias, o meu marido recomeçou com as discussões, mas bater não o fazia, nakela altura, ele tinha arranjado trabalho longe de casa e chegava sempre tarde, eu por castigo, atrevi-me por começar a não lhe fazer o jantar e ele dizia, k estava farto de tanto trabalho, chorava só para eu ter pena dele, mas em vão, as palavras dele, já não tinham kaulker sentido para mim. Durante muito tempo, também eu chorei e falei, sem nunca ele me ter eskutado. Por muito k lhe fizesse, jamais lhe cravaria as mágoas, as dores, as humilhações, as revoltas, k ele me tinha feito sentir e k ainda hoje sinto, passado tantos anos, mas na altura estava fria e nada k viesse dele me podia demover. A minha dignidade e auto estima, estavam destruídas por ele, e seria eu k nakuele momento iria sentir alguma pena por ele? Nunca. Dessa estaria ele livre, de me fazer, sentir k o deveria apoiar, ajudar, ou ter pena dele. Estava mal? Problema dele. Também eu tinha estado tão mal por diversas vezes e isso, a ele, nunca lhe tinha feito mossa. Nessa altura, já dormiamos em camas separadas, porke tinha nojo dele, andámos assim 1 mês...coincidência, ou obra do destino, durante este mês de maior afastamento, conheci um rapaz, k sabia da minha história toda (kem não sabia, né?), o k eu tinha sofrido e passado e dizia-me:... vou falar com os meus pais, para te aceitarem, lá em casa com o teu filho. Somos uma familia de acolhimento e kero-te ajudar a fugir, para um ambiente bom ..... eu na altura fikei desconfiada, mas pensei no caso e disse-lhe, k ia pensar também... no dia seguinte esse rapaz disse-me, ter falado com os pais e k eles estavam na dispisição de me aceitarem, com o meu filho. E eu combinei com ele a que horas iria. Mas, e há sempre um mas... na hora H, em k eu deveria estar para saír, aparece o meu marido e vê-me a falar com ele .......o meu marido virou-se a ele e desatou-lhe a bater, levando-me, a mim e ao meu filho, para dentro de casa aos murros e pontapés, e sempre a dizer ke eu estava a traí-lo. Dizia-lhe ke era mentira, e ele não fez mais nada, recomeçou-me a bater mais uma vez, forte e feio, nisto vai para a casa de banho, tranca-se lá dentro e eu cheia de sangue, vou á rua dizer ao rapaz, ke no dia seguinte, ke fugiria com o meu filho, estava cansada e farta de sofrer.... o rapaz olhou para mim e sorriu... só me disse, para levar pouca roupa, e uma vez mais estive no inferno, até ao dia seguinte, acalentando a ideia k seria a última vez .... no dia seguinte, o meu marido saíu de casa, para trabalhar, eu á pressa faço as minhas malas e saio de casa, para nunca mais lá voltar. Estava farta, de tanto sofrer e levava comigo a única coisa boa deste casamento, o meu filho. Fui ter com o meu amigo, várias pessoas me viram a entrar para o carro dele e fomos embora para Matosinhos. Ia aliviada, liberta de muito sofrimento, mas com medo de, poder estar a dar, mais uma cabeçada na vida, mas agora estava feito, e não pensei em voltar atrás .... cheguei lá, os pais do rapaz, receberam-me muito bem e trataram de mim e do meu filho....ainda pensei!!!... aí meu DEUS, k vai ser, kuando o meu marido chegar a casa? Não sei o k aconteceria, mas eu estava-me pouco "barimbando", para ele ....instalei-me na casa, dessa família k tão bem me acolheu, comi em condições (há quanto tempo não o fazia, comer bem e em paz), trataram dos meus ferimentos e dormi pela primeira vez um sono trankuilo, com o meu filho ao lado....no dia seguinte a familia de acolhimento disseram-me:... olha Sofia, vais procurar trabalho, mesmo no estado ke estás, para começares a teres vida própria e não tenhas medo de ninguém, nem de mostrares ao mundo k és uma vitíma de maus tratos.... Saí para a rua, o meu filho tinha ficado com eles e finalmente, fui procurar trabalho numa churraskeira. Explikei ao patrão, o k se tinha passado na minha vida e ele foi saber se era verdade ou não á familia de acolhimento, onde eu estava instalada e assim fikei a trabalhar 3 meses, sem chatices, sem ralhos, tudo na paz e harmonia, k era tudo o k eu keria ter, há muito tempo.....chega um dia de sexta feira, o rapaz k me ajudou a sair, dakele inferno em que eu vivia, quando chegou a casa disse-me, k o meu marido tinha ido ter com ele, e tinha-lhe, dito k sabia k eu estava na casa dele e k keria ver o filho nada mais ....baseado nessa boa fé, o k o rapaz fez, foi dar-lhe o número de contacto dele, para o meu marido poder falar comigo ....fikei desesperada, sem saber o k fazer....passadas umas 2 horas, toka o telefone, era o meu marido a pedir para falar comigo ... falei com ele a medo e ele disse-me, k apenas keria ver o filho, então eu respondi-lhe:..... pois bem se keres ver o teu filho, então amanhã, k é sábado, vais ter comigo, em frente ao posto da G.N.R aki de Matosinhos e vês o menino, mas aviso já ke vou acompanhada para o veres.... e assim foi .


No dia seguinte antes das 10h, já lá estavamos, á espera do meu marido, para ele ver o filho. Quando ele chegou, trazia a sua caracteristica de cara de mau, olhou para o filho, pegou nele, abraçou-o, e disse-me para mim:..... volta para casa comigo, kero tentar ser feliz ao teu lado é a ti k eu amo, é a ti k eu kero!!! respondi-lhe simplesmente:...voltar contigo? Nem morta e agora já viste o teu filho, dá-mo cá, e vai á tua vida por favor... De repente, (porque era sempre de repente), dá-me um murro na boca e foge a correr, com o meu menino, metendo-se no carro e perante mim, sem k eu nada pudesse fazer, raptou-me o meu filho. Uma vez mais, pensei morrer, e mais desfeita k nunca, vejo-o abalar no carro, a uma velocidade doida. Gritei, por socorro á "bofia", que ali estava, mas eles não fizeram nada na altura ...tive k voltar para casa da familia, de rastos e sempre a chorar. Fikei assim 8 dias, sem saber noticias, do meu filho, nem do seu paradeiro. Já tinha ligado á minha mãe a contar, o k tinha acontecido ao meu menino, com apenas 13 meses de vida....

O PORQUÊ DE TANTA DOR?


Pois e pensava eu vir a ser feliz em Marco de Canaveses, mas durou tão pouco tempo. O meu marido só esteve a trabalhar, durante 15 dias, depois disso, começou a estar em casa para o meu maior e pior pesadelo.

A minha mãe ligou-me numa manhã, de kinta feira, a dizer ke todas as semanas me enviaria, 10 mil escudos, para a minha alimentação. Fikei toda contente, porke assim já tinha alimentos para dar o meu filho. Chegou o dia de sexta feira da semana seguinte, tinha correio, e lá estava a carta da minha mãe com o dinheiro. Para meu infortúnio, o meu marido, retira-me o envelope das mãos, e dizendo-me ke o dinheiro era só para ele, porke se eu kisesse dinheiro, só tinha ke ir para a beira da estrada, arranjar alguém e aparecer com "o guito á noite". Senti-me deveras ofendida e muito humilhada, e olhando para ele, disse-lhe k não faria isso, porke não era, "puta nenhuma" e sem esperar, a resposta dele foi, um murro e gritou-me:... vais para a estrada e livra-te, se não me arranjares dinheiro para mim esta noite, mato-te...., depois desta cena, com o dinheiro em seu poder, tranca-me em casa e vai embora, chegando só á noite, perdido de bêbado e com uma caixa de camarão, coloka em cima, da mesa e pergunta!!! ... então minha "vaca", lucraste muito? Kero o dinheiro já, eu que ainda acalentava a ideia k o que ele me tinha dito fosse uma piada de mau gosto, constatei naquele momento k ele nunca falara tão sério, procurei manter-me calma e respondi ke não, fui para lado nenhum e mesmo que o quisesse ter feito, nunca teria podido, pois tinha a porta trancada, sem poder sair....ele levanta-se pega no menino e levou-o para o kuarto, kuando volta, de repente chega ao pé de mim, dá-me com toda a força que tinha, uns quandos murros na cara e pontapés por todo o corpo, até ver sangue, mas não ficou por ali, ainda me disse, ke mulher dele tem ke andar na estrada para o sustentar....eu gritei-lhe uma vez mais com as minhas poucas forças, ke nunca faria isso, nem morta, então pegou num garfo e espeta-me com ele nas costas bem fundo, eu de repente grito por socorro aos vizinhos, o meu filho no kuarto fechado a chorar, e ele completamente cego e louco, a bater-me ainda mais .....até que por DEUS, passado pouco tempo batem á porta e eu caída no chão, olho para ele. Kuando foi abrir a porta .... era a G.N.R fikei aliviada mas por pouco tempo, o meu marido mandou-os embora dizendo-lhes para eles, ke entre marido e mulher ninguém mete a colher....um agente olha para mim, viu-me num estado lamentável, com os dentes partidos, nariz partido e o garfo espetado nas costas, cheia de sangue e apenas me disse:... já sei ke não há nada, a fazer agora, mas vou estar de serviço, se precisar fuja com o seu filho, eu estarei lá e ajudá-la-ei, naquilo que puder....eu abanei a cabeça em sinal de agradecimento,.....foram embora e eu fikei a chorar, o meu marido meteu-se no kuarto, com o meu filho. e deixou-me ali a perder sangue, com frio e eu sem forças para rastejar até ao sofá, acabei por adormecer ali no chão frio da cozinha.


No dia seguinte o meu marido acorda-me com um balde de água fria para cima e diz:... vai para a rua lavar a roupa, preciso de roupa lavada hoje, mesmo sem forças fui lavar a roupa para a rua, a chuver, ainda com o garfo espetado nas costas. Não tinha forças para o tirar....de repente olho para a frente e vejo o carteiro, com os olhos cheios de lágrimas, a olhar para mim, eu pedi-lhe ajuda, para me retirar o garfo, ele, bondoso ke era retirou-mo a chorar....olhei para ele e disse-lhe:... o senhor é muito bondoso, obrigada e kuando aparecer carta para mim, da minha mãe, não a entregue a ele, por favor, só a mim....ele disse-me logo k fazia isso e seguiu a continuar o seu trabalho entregando o correio nas outras casas....acabei de lavar a roupa fui para dentro...neste dia depois foi tudo calmo. Mas eu sentia-me morta, por dentro e por fora.


Na semana seguinte, o carteiro bateu á porta, e entregou-lhe umas cartas para ele, fazendo-me sinal com os olhos, ke tinha carta da minha mãe, fikei toda contente. Danado, por talvez não vir a carta que ele queria, fechou a porta e disse-me:... então minha "puta, a vaca", da tua mãe, não mandou o dinheiro porke?... respondi-lhe ke a minha mãe, não tinha a obrigação de sustentar os vicios dele, que fui eu dizer!!! sem dar conta, ele deu-me um murro e saíu de casa danado, mas antes avisou-me, ke nessa mesma noite, teriamos uma nova conversa.....fikei com medo, pois agora, a toda a hora eu estava a levar porrada .....nisto o carteiro esperou ke ele abalasse e voltando novamente, lá á porta, entregou-me a carta e seguiu o seu caminho. Pego no envelope e escondo o dinheiro, num dos vasos ke tinha na rua e apercebi-me ke uma das minhas vizinhas, estava a espreitar, e viu aquilo que eu tinha acabado de fazer e pensei: ...só espero ke ela não lhe conte nada .....chega á noite, vejo o meu marido a falar com a minha vizinha e ele danado, entra em casa e perguntou-me:... com ke então, não tinha dinheiro da tua mãe?....vai a rua e tira o envelope do vaso e ali mesmo, dá-me outro murro e dizendo-me:... isto é, para não estares a esconder coisas de mim e agora vais pagá-las, todas de uma vez só, pega em mim leva-me para o kuarto, vai buscar umas cordas e prende-me aos ferros da cama, depois leva o meu filho, para casa dessa vizinha e vem novamente para casa!!! Chega ao kuarto e diz:... vá agora és toda minha, vou fazer amor, de todas as maneiras possíveis e tens ke te aguentar ....rasga-me a roupa, dá-me murros e viola-me, ali mesmo foi a noite toda assim a violar e a bater, viu k não estava satisfeito, colokou o seu pénis na minha boca, eu nao keria mais e bateu-me muito e fez o serviço na minha boca até me rasgar a boca toda, viu ke ainda não estava satisfeito, retirou-me as cordas e eu sem forças virou-me ao contrário e violou-me por tráz e mais uma vez me rasgou, já cheia de sangue e não tendo forças para mais, dor e revolta, pedi-lhe a ele por favor para me deixar em paz. Disse-me logo ke não e acabou por adormecer. Eu passei a noite em claro, humilhada, ofendida e cheia de dores e sem o auxilio de ninguém. No dia seguinte, ele saí de casa, eu fikei ali, amarrada á cama e com fome. O meu filho, em casa da vizinha e eu sem o puder ver, e sem puder fazer nada.


Assim se passou uma semana, não comia nada, só tinha direito a água, por isso estava muito fraca e as feridas, do meu corpo a começarem a ganhar infecção.


Chegava á noite ele voltava, ia para o kuarto e eu estava amarrada e dizia-me:... então minha "puta", vamos para mais outra sessão de sexo, estas preparada ??? e assim foi mais uma noite a fazer-me as mesmas cenas ... foi assim durante uma semana inteira e eu sem saber nada do meu filho, estava desesperada, keria morrer ....ele tirava-me as cordas cheias de sangue e abalava de casa e deixava-me ali sózinha, sem ver porke tinha os olhos inchados e com sangue. Não conseguia falar, não podia andar, rastejei até á rua e aí pedi auxilio.....a minha vizinha viu-me e foi logo a correr ter comigo e ainda ouvi, ela estar a chamar pelos vizinhos a dizer socorro ajudem esta mãe é um caso de vida ou de morte e de repente desliguei-me, do mundo. Kuando acordei , estava no hospital e ja tinham passado 3 meses, não dei por nada, estava sem vida, embora continuasse viva, porke estive em coma... no dia em que acordei, olhei para o meu filho, ke estava ao pé de mim e chorei de alegria, por vê-lo, olhei para o espelho e vi só marcas no meu corpo, mas para minha felicidade, não vi o meu marido ali, estava só a minha vizinha, ke me socorreu e disse-me:... descansa ke ele não te pode fazer mais nada de grave, porke tem um processo em tribunal por causa das maldades ke te fez !... eu toda contente pensei!!!... o meu inferno finalmente acabou. Mas foi pouco tempo. Saí do hospital e fui para casa e kuando cheguei tinha sacos de comida ke as pessoas deram para mim e o meu filho....mas não estava feliz, tinha na mesma ali o meu inimigo público nº 1, o meu marido................

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

ONDE TUDO ACABOU


Chegada à cidade de Amarante foi tudo muito bonito, fui conhecer o meu outro cunhado. Só ke o irmão disse-nos, ke tinhamos ke ver a casa primeiro, para ver se a gente keria ou não, porke o trabalho, para o meu marido, era lá. Então, tivemos k sair de Amarante e fomos para, Marco de Canaveses ver a casa . Quando lá chegámos, era uma casa simples, composta só com 2 kuartos, uma casa de banho e uma cozinha, estava tudo novo e ficamos com a casa. Ainda pensei... Será ke vou ser feliz aqui? E uma vez mais senti, aquele arrepio e pressentimento, k não iria ser assim....

4 MESES DE MAIS SOFRIMENTO EM ABRANTES


Chegamos a Abrantes onde tinha a familia toda, fomos logo ter com o irmão ke eu não conhecia e kuando la cheguei, deparei-me com uma barraca feita de tábuas e não com uma casa. Pensei: mas para onde eu me vim meter!!! O irmão trabalhava no lixo. A barraca nem casa de banho tinha, era tudo feito na rua na frente de toda a gente. Ficámos lá durante 4 meses, foi um inferno total uma vez mais. Eu dormia no chão com o meu filho e o pai no sofá. Enkuanto ele estava sempre bem, eu e o meu filho, sempre mal. Andei a conviver com aranhas, pulgas, baratas .....só sei ke tive, ke aprender a viver com a pobreza. Comia lixo apanhado dos contentores, andava a pedir leite para o meu filho e o pai sempre enfiado no café a beber todo o dia... Ele sim, tinha sempre dinheiro eu já, não podia ter esse direito....só keria ke akele pesadelo acabasse logo, e a minha mãe nunca soube de nada até hoje...... Um dia estava na barraca com o meu filho e apareceu lá o meu cunhado, mais cedo. Fikei desconfiada e com a pulga atrás da orelha.... estava a dar comida ao meu filho e ele agarrou-me ferozmente, começou a beijar-me e eu a separa-lo e a gritar por socorro, dizendo..." larga-me seu porco", o meu filho a chorar de um lado e eu kuase a ser violada por ele, entretanto chega o pai do meu filho e vê akilo. Eu fugi para o pé dele a dizer, ke o irmão, estava a tentar violar-me só ke o irmão, começou a dizer mentiras, a dizer ke eu é ke keria. Conclusão: levei uma sova tão grande deles os dois, mais uma vez fui parar ao hospital com hematomas bem grandes e o nariz partido... fikei farta, tentei o suicidio mas em vão, uma enfermeira apanhou-me. Passado 6 dias, saí do hospital e ele disse-me para mim: vamos embora para outro lado porke tu és uma grande "vaca" e "puta" até te metes com o meu irmão, por isso vamos embora daki. Eu a chorar e dizer-lhe a ele,... se acreditas mais no teu irmão um dia, vais-te arrepender, porke só sou uma vitima nas tuas maos. Ele diz-me para mim,... mulher minha tem ke ser cega, surda e muda, kuando está comigo, ou calas-te ou mato-te aki já neste instante a frente de toda a gente. Tive ke me calar. Nisto olho para o lado e vejo o meu filho, todo sujo com piolhos, não parecia ele, chorei agarrada a ele. O meu filho ke andava todo limpinho, cabelo loirinho e de repente estava nakele estado. Saí para a rua, enfiei o nariz no chão para não olhar para ninguém, porke ele dizia que se eu olhasse, era amante de toda a gente e batia-me, só de olhar para as pessoas......... Ele pensou em ir morar para Amarante só, ke primeiro ligou para um outro irmão, ke já lá estava há 10 anos a morar. O irmão disse-lhe que podiamos ir, ele tinha trabalho garantido, ao pé desse irmão e tinhamos casa, só ke o meu cunhado, já sabia de tudo o ke ele andava a fazer-me ....................