sexta-feira, 10 de outubro de 2008

SEMPRE A ERRAR...NÃO SABIA FAZER MAIS NADA..................


Chegada á Vila de Vidais, era esse o meu destino. Mas para mim, sem o meu FILHO, nada tinha sentido, o meu companheiro dizia-me que assim que houvesse algum dinheiro, arranjava-mos uma advogada, para me divorciar e procurar o meu FILHO, e eu sempre acreditando nas palavras dele.....tudo correu bem durante meses, tudo em paz e harmonia de um lar tudo em familia e, apenas e sempre com aquele sofrimento, de onde estaria o meu FILHO?


Naquela altura, tinha chegado a campanha da fruta, pedi ao meu companheiro para ir trabalhar, e ele deixou mas, tinhamos a situação da nossa FILHA, que não tinha ninguém de confiança com quem a deixar. Num acto impensável, da minha parte, sugeri ao meu companheiro, que a minha cunhada, podia vir e trazer a minha sobrinha, na altura com 14 anos. Assim eu ia, com a minha cunhada, trabalhar para a fruta e a minha sobrinha tomava conta da nossa FILHA. Ele disse-me, tudo bem, ela assim vem trabalhar para a campanha e a tua sobrinha olha pela menina.


No dia em que ela chegou, com a filha, ela instalou-se, mas houve algo que me desgostou nela, e da maneira dela, (fiquei uma vez mais, com pulga atrás da orelha ).


Chegou a semana da fruta, eu levantava-se sempre as 6h30m, para o meu companheiro ir para o trabalho e para eu, deixar tudo pronto para a minha sobrinha, ficar com a minha menina, porque eu iria estar por perto, a trabalhar e saímos as duas, (eu e a minha cunhada) para o trabalho. Tudo funcionou bem, durante 2 semanas só que na 3 semana, tudo aconteceu o que não deveria ter acontecido. A minha cunhada começou a insinuar-se, ao meu companheiro na minha frente e, eu sem forças, mas uma vez mais, suportei a humilhação. No dia seguinte á tarde, estava a brincar com a minha FILHA, na rua e dei por falta dos dois. Entrei em casa e começei a ouvir gemidos, estavam eles a fazerem sexo, na minha casa de banho. Espreitei pela fechadura e vi tudo, aguentei a humilhação, chorei, e foi mais uma desilusão, na minha vida. A falar comigo mesma, pensei, o que estou eu aqui a fazer ?


Eles sairam, como se nada, tivesse acontecido e, eu ali a sofrer no silêncio sem nada poder fazer, ou dizer, só com medo de levar porrada. A partir desse dia, eles todos os dias, á noite, quando todos já estavamos a dormir, (pensavam eles, pois eu fingia que dormia, para ver o que se iria passar) e ele ia ter com ela á cozinha, e faziam mesmo ali, até de madrugada e, eu ouvindo as juras de amor, e gemidos, mas aguentei, sempre calada. Eu já na altura, me estava a sentir mal, desgostosa comigo e com a minha figura, com o meu corpo, só que não sabia o que era, olhava-me ao espelho e, via um monstro, com a cara disfigurada e dentes todos partidos.


Passados uns dias, um amigo do meu companheiro, começou a olhar com outros olhos, para mim, eu precisava de carinho, deixei-me levar pela "labia", dele e dei o troco ao meu companheiro, mas arrependi-me logo, mas mesmo assim tinha carência de carinho, de meiguices, de me sentir amada, aconteceu tudo muito rápido e logo de seguida arrependi-me de o ter feito. Não sei como, a minha cunhada descobriu o que eu tinha feito, e começou-me a ameaçar, dizendo:....se abres a tua boca, a alguém, para estragar a minha relação com o teu companheiro, eu conto tudo o que se passa entre ti e o amigo dele. Eu ouvi aquilo, e fiquei com medo, mas mesmo assim, não me deixei levar e disse-lhe:.... faz aquilo que tu quiseres, já perdi tanta coisa e já fui humilhada tanta vez, que já estou por tudo. Nessa noite quando o meu companheiro, chegou, começou a fazer-me perguntas, sobre o amigo. Não disse que sim nem que não, nem que era verdade, ou mentira. De nada me valia, ele já sabia de tudo. Olhou-me nos olhos e disse-me:...aquilo que faço, ou deixo de fazer, não tens nada a ver, com isso, eu não sou de ferro, perante as mulheres....De repente agarra-me pelos cabelos, e fez-me rastejar no chão, perante todos, até na frente da minha FILHA, deu-me pontapés no estômago e murros na cara e gritava-me:...isto foi só, para não me traíres, bem que a minha mãe, tinha razão e as pessoas também, não vales nada....levantei-me com o sangue a cair e fui á cozinha e peguei numa faca e espetei-a, na barriga aos golpes. Caí para o chão e levaram-me para o hospital. Conclusão o facto de eu andar mal disposta, já estava grávida de 4 meses. Por sorte o bébé, estava bem porque as facadas não afectaram o feto...nesse mesmo dia fui para casa e andámos semanas, sempre a discutir e ele sempre a desconfiar de mim (eu é que tinha razões, para desconfiar dele) a mãe dele, ligava ou ia lá euma vez mais, começou com a mesma história de dizer, que o bebé, não era neto dela.....e ele a dizer-me, que estava farto de ser julgado pelas pessoas, daquilo que fez, ele já dizia mal a vida dele, mas nunca parou para pensar o que eu estava a sentir, a sofrer, as humilhações, as angustias as vontades que eu tinha de muita vez de me suicidar, ele nunca pensou em nada disso.


Segundo ele, e para não ser mais humilhado, foi pedir auxilio á mãe e ela disse-lhe:...olha filho, vai falar com o teu avó, para saberes se podes, lá ficar até arranjares casa. Assim foi ,ele concordou, e uma vez mais, acabamos por abalar, de um lado para o outro e eu sempre em pensamento, a questionar-me e a pensar:...se soubesse que estava grávida, as coisas teriam sido bem diferentes...

1 comentário:

Anónimo disse...

Cortaram-me as asas,Já não posso voar.


Destruíram-me um sonho,


Que demorei anos a realizar!


Vendaram-me os olhos,Já não te posso ver.


Quiseram separar-nos, Para me verem sofrer!